Publicação:
19 de Novembro | 2018
Em
parceria com a Organização Pan-Americana da Saúde (OPAS), o Ministério da Saúde
está capacitando uma equipe de especialistas para atuar em situações de
emergência em saúde em todo o mundo. Composta por profissionais experientes na
atuação de surtos e desastres nacionais, esse grupo fará parte do programa da
Organização Mundial da Saúde (OMS) chamado Equipes Médicas de Emergência (EMT).
O
compromisso assumido pelo país de integrar as EMT atende a um pedido feito, em
março deste ano, pelo diretor-geral da Organização Mundial da Saúde (OMS),
Tedros Ghebreyesus, durante visita ao Brasil. Atualmente, instituições
governamentais e não governamentais de dez países integram a Iniciativa:
Alemanha, Austrália, China, Costa Rica, Equador, Israel, Japão, Nova Zelândia,
Reino Unido e Rússia.
O
Brasil já tem experiência em emergências em saúde pública, tanto em questão de
desastre quanto de surto. Em contato com vários países, demonstramos sempre
nossa capacidade de resposta. Esse grupo nos propõe o desafio de integrar a
informação, de compor um grupo multiprofissional para que todos tenham acesso à
mesma orientação para atuar em momentos de crises na saúde, para que se tenha
uma resposta imediata”, destacou o secretário de Vigilância em Saúde, Osnei
Okumoto.
A
iniciativa de ajuda humanitária tem como objetivo auxiliar países de todo o
mundo a capacitar e fortalecer seus sistemas de saúde, coordenando o envio de
profissionais (enfermeiros, fisioterapeutas, médicos, paramédicos) para prestar
atendimento clínico direto a populações afetadas por emergências e desastres em
outros países ou mesmo dentro do próprio território.
Para
o consultor para Desastres da Organização Pan-Americana da Saúde (OPAS/OMS),
Fábio Evangelista, a experiência do Brasil em emergências de saúde vai ajudar
muito as equipes internacionais. “O Brasil tem uma capacidade imensa instalada
por conta de toda sua experiência ao longo dos anos fazendo um trabalho com
doenças transmissíveis. Com vírus zika e a microcefalia, por exemplo, o Brasil
teve uma resposta muito eficiente. Como o Brasil já construiu essa expertise
ele pode aportar essa experiência para atender mais rapidamente e com qualidade
problemas em outros países”, afirmou Fabio Evangelista.
O
convite feito ao Brasil reforça a expertise do país em respostas às emergências
e desastres, inclusive com auxílio financeiro a outras nações. Alguns exemplos
importantes de grandes mobilizações são: o auxílio brasileiro no terremoto no
Haiti em 2010; os dois casos suspeitos de Ebola no país; a enchente na região
serrana do Rio de Janeiro; o incêndio na boate Kiss, no Rio Grande do Sul; o
rompimento da barragem em Mariana (MG); e os casos de microcefalia e alterações
neurológicas vinculadas ao vírus zika.
Além
disso, a preparação de grandes eventos no Brasil, como a Copa do Mundo e as Olimpíadas,
contribuiu para a capacitação dos profissionais de saúde brasileiros. Foram
fortalecidas estratégias operacionais e de assistência com equipes que ficaram
de sobreaviso durante o período. Todas essas ações são possíveis com o apoio da
Força Nacional do SUS, criada em 2011 e que, desde então, desenvolveu 43
missões de emergência em saúde no país.
São
35 profissionais de diferentes áreas de atuação do Ministério da Saúde,
Hospitais Federais, Instituto Nacional de Infectologia (INI/Fiocruz), e
Ministérios da Integração Nacional e Defesa. Assim como já acontece no
Brasil com a Força Nacional do SUS (FNSUS), a equipe brasileira terá como
objetivo assegurar rápida resposta na ocorrência de eventos de grande magnitude
no mundo. A equipe estará em constante capacitação para atuar em várias áreas
de emergência como surtos, múltiplas vítimas e desastres.
Todos
os profissionais selecionados são da rede federal do Sistema Único de Saúde
(SUS) e trabalham com algum tipo de emergência. Eles foram selecionados para
que pudessem apoiar a estratégia nacional de fortalecimento das equipes da
Força Nacional do SUS e atuar como multiplicadores da estratégia internacional
nas Equipes Médicas de Emergência.
Durante
três dias, os profissionais participaram de uma oficina de capacitação na
Organização Pan-Americana da Saúde (OPAS) para adequar seus padrões de
atendimento a emergências aos padrões da iniciativa EMT. Outras capacitações
específicas serão realizadas ao longo do ano junto a OPAS para a certificação
desses profissionais.
As
Equipes Médicas de Emergência (EMT) podem ser tipo 1 (atenção ambulatorial de
emergência), 2 (atenção cirúrgica de emergência de nível hospitalar), 3
(atenção hospitalar de referência) e células adicionais de atenção
especializada.
Por
Amanda Mendes, da Agência Saúde
Atendimento
à imprensa
(61)
3315-3580 / 2351
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